1.8.14

Parei de te procurar nas ruas, nos ônibus, na vida.
Parei de sofrer a sua falta e comecei a sofrer minha solidão.
Vou lidando com a sorte, faço o que meu anjo da guarda indica.
Sem rancor, sem intrigas, civilizados então.

Pele áspera, seca, fria
Arrepiada sem ser tocada
Unhas que arranham em mãos macias
Boneca de retalhos de alguém.
Atrás do espelho, acorrentada.
Esperando esse reflexo que não vem.

Escrito em outubro de 2007

Nenhum comentário: