23.11.13
19.11.13
Enquanto eu arrumo cuidadosamente a mudança para não quebrar o que sobrou, as outras coisas que tenho, que não podem ser tocadas, vão mudando tão bruscamente, sem vão no espaço. Parece que estou em meio a uma competição. Quem será que sente mais dor? Como se faz para apagar marcas de lágrimas do espelho? E se nada florescer?
Aline F.
4.10.13
13.8.13
Hoje de manhã
Abri os olhos e estava totalmente decidida a te esquecer. Demorei um pouco para sair da cama, mas quando levantei não sabia mais o seu nome. Fui tomar banho e não pensei no seu abraço. Sai de casa assobiando uma canção que nunca te ouvi cantar. Peguei uma carona com a vizinha, estava atrasada pra pegar mais uma condução, desci correndo do carro e de repente esbarrei num homem, um homem que não era você, mas que me desestabilizou. Irritada segui meu caminho pensando o que aquele homem tinha de familiar e inconveniente? Era o seu perfume.
Aline F.
9.8.13
28.7.13
Hoje foi assim...
Todo coração tem um bosque
Toda maçã tem veneno
Toda princesa tem reino
Todo castelo tem choque
Toda certeza é burra
Todo vazio limita
Toda verdade escapa
Todo amor combina
TODO MUNDO TEMPO TODO
Toda tristeza cessa
Todo silencio ensina (irrita)
Tudo que é já era
Tudo que é bom termina
Todo outono é lindo
Todo todo tem parte
Todo fim começa
Todo amor tropeça
TODO MUNDO TEMPO TODO
Toda maré tem sua cheia
Todo playboy cocaína
Toda aranha tem teia
Todo tesão contamina
Todo verão tem praia
Toda regra tem falha
Toda corja tem laia
Todo amor espalha
TODO MUNDO TEMPO TODO
Toda maçã tem veneno
Toda princesa tem reino
Todo castelo tem choque
Toda certeza é burra
Todo vazio limita
Toda verdade escapa
Todo amor combina
TODO MUNDO TEMPO TODO
Toda tristeza cessa
Todo silencio ensina (irrita)
Tudo que é já era
Tudo que é bom termina
Todo outono é lindo
Todo todo tem parte
Todo fim começa
Todo amor tropeça
TODO MUNDO TEMPO TODO
Toda maré tem sua cheia
Todo playboy cocaína
Toda aranha tem teia
Todo tesão contamina
Todo verão tem praia
Toda regra tem falha
Toda corja tem laia
Todo amor espalha
TODO MUNDO TEMPO TODO
Ney Matogrosso cantando no encerramento do
12º Festival de Arte Serrinha em Bragança Paulista.
17.7.13
Toda essa pureza me dá arrepios.
Esse jeito lindo de olhar sucata
me faz vomitar,
revirar o estomago.
Minhas tripas repuxam mais e mais.
Agonia repleta de um sentimento
que não é inveja,
que não é tristeza.
É, apenas, um nada que desconhece
qualquer outra coisa que não o vão,
o vazio.
A desimportancia com que o universo tratou minha sombra:
Magia que não me envolveu,
meu café sem açúcar,
água no meu xampu.
Esse jeito lindo de olhar sucata
me faz vomitar,
revirar o estomago.
Minhas tripas repuxam mais e mais.
Agonia repleta de um sentimento
que não é inveja,
que não é tristeza.
É, apenas, um nada que desconhece
qualquer outra coisa que não o vão,
o vazio.
A desimportancia com que o universo tratou minha sombra:
Magia que não me envolveu,
meu café sem açúcar,
água no meu xampu.
Aline F.
8.7.13
Segunda pessoa do singular
Era pra costurar as palavras umas na outras até que elas
ficassem organizadas esteticamente, de um jeito que ninguém notasse a apelação,
mas sentisse a fundo a urgência com que escrevo. O cansaço não deixou, mas não posso
repousar a cabeça sem antes registrar o que sinto, além do cansaço, uma enorme
admiração pelo mundo, por essa nova fase, nada simples, nada fácil, adocicada
sim, mas cheia de regras. Um punhado de novos planos, quase desconexos,
misturados a um plano antigo, o de costurar as visões de mundo a felicidade de
tê-lo presente e organizar esteticamente uma coisa conhecida como companhia, de
um jeito que ninguém se importasse em assumir e sentisse a fundo, sentisse,
sentisse. Pois sentir é maravilhoso!
Aline F.
7.7.13
16.4.13
Sobre Mulher-Solidão
Estou fingindo que não me importo.
É isso que faz a mulher do meu tempo.
De pé forjamos a alegria.
Exaltamos nossa independência
e sem a sorte de encontrar o que nos completa
seguimos, sempre erguidas.
Mas essa não é a questão.
A questão é a inovação desse tempo
onde não é preciso se ter, um ao outro.
Os tabus estão despedaçados na mente dos meus
e a consequência é enfrentar o escuro só.
As relações despadronizadas são um eterno mistério.
Falo de olhares e gemidos perdidos no espaço.
Sem o menor escrúpulo estão desinteressados em se repetir.
Intensidade é uma palavra desconhecida.
E eu, eu preferia me isentar deste tipo de inspiração.
É isso que faz a mulher do meu tempo.
De pé forjamos a alegria.
Exaltamos nossa independência
e sem a sorte de encontrar o que nos completa
seguimos, sempre erguidas.
Mas essa não é a questão.
A questão é a inovação desse tempo
onde não é preciso se ter, um ao outro.
Os tabus estão despedaçados na mente dos meus
e a consequência é enfrentar o escuro só.
As relações despadronizadas são um eterno mistério.
Falo de olhares e gemidos perdidos no espaço.
Sem o menor escrúpulo estão desinteressados em se repetir.
Intensidade é uma palavra desconhecida.
E eu, eu preferia me isentar deste tipo de inspiração.
Sobre Mulher-Solidão
Aline F.
outono, em lágrimas, 2013.
20.2.13
O que me deixa pálida, sem alegrias por baixo da pele, é o vão.
Há entre as pessoas enormes abismos. Cada um é uma montanha
de símbolos, sentimentos e histórias. Relaciona-las é como construir uma ponte
que ligue um abismo a outro, mas isso não pode ser feito apenas por um.
A solidão que vivo me faz observar as relações deste tempo.
E sempre penso que eu poderia ter uma boa relação, sem desrespeito, com
verdade, com compreensão... Mas não percebo essa chance em nenhum momento.
Quando um homem diz que gosta de mim, não significa que ele
se importa comigo sempre. Quando um homem diz que me ama, sei que mesmo que ele
não se importe sempre, ele tenta e se eu precisar ele vai se esforçar.
Eu queria mesmo ter um companheiro. Assim eu não precisava
medir a minha paixão, a minha admiração, a nossa relação. E eu gosto muito das
coisas desmedidas, sentidas como são, sem rotular, sem esconder.
Quando estou me relacionando com um homem que não está
disposto a ser meu companheiro sou obrigada a jogar o jogo do “não sei”. Não
sei dele, por onde anda, o que faz... Não sei o que ele sente, até que ponto me
admira... Não sei se lhe faço bem... Não sei se é apenas cômodo... Não sei se a
relação é intensa... Não sei se posso escancarar a paixão até ela se
transformar em amor... Não sei o que dizer, quando dizer, como dizer... Não
sei.
27, quase 28 anos e as pessoas me perguntam se eu quero ter
um filho. Acho que essa é uma vontade que nasce de dois, de um par. É eu penso
assim. Criar alguém sozinha seria enlouquecedor para a criança... Cresceria
para sempre só com a minha opinião. Claro que isso não é um pensamento com base
na família contemporânea em que as crianças são criadas em creches enquanto as
mães solteiras trabalham e etc e etc. Esse é um pensamento meu. Construído dentro
de mim. Sem hipocrisia é o que eu, mulher, artista, feminista, solitária,
sinto.
Quando chego em casa queria ter alguém aqui pra jantar
comigo e pra tomar café e almoçar. Alguém que leia um livro enquanto eu lavo a
louça, que faça a comida enquanto eu tomo banho, que me ajude a carregar as
compras do supermercado, que ajude a aquecer essa imensa cama de casal.
Tenho uma cama de casal que não me serve. Não sou um casal.
Se quer sou parte de um.
Eu tenho um relacionamento com um rapaz, há alguns meses.
Ele é muito do que eu espero de alguém para estar ao meu lado. Mas ele não quer
exatamente ficar ao meu lado. “Não sei” o que ele quer. Ele não me dá tanto
espaço para que as coisas entre nós caminhem. Ele me trata como uma amiga,
confidente. Acho que há desejo, cumplicidade e desapego... Aliás, “não sei” se
existem mesmo ou se são fruto da minha imaginação.
Sinto-me a vontade pra falar sobre quase tudo com ele. Menos
sobre isso. E esse é exatamente o maior problema da minha vida, a solidão. É
isso que me desestabiliza para todo o resto... Penso que se eu ficar falando
sobre isso com ele vai parecer cobrança e se ele se sentir cobrado irá embora
de vez. Não gosto de cobrar ninguém... Sempre acredito que as coisas acontecem
conforme a natureza. Talvez o erro seja esse, mas acho que não vou mudar, não
vejo sentido.
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11.1.13
Amor.
Eduardo ama Mônica
Homer Simpson ama Marge
Diego Rivera ama Frida Kahlo
Roger Rabbit ama Jessica
Doug Funny ama Patty Mayonnaise
Chico Bento ama Rosinha
Scott Summers ama Jean Gray
Wolverine ama Jean Gray
Charlie Brown ama Garotinha Ruiva
Cirilo ama Maria Joaquina
Professor Girafales ama Dona Florinda
Cowboy Fora da Lei ama a bela Josefina Lee
João de Santo Cristo ama Maria Lúcia
O Vagabundo ama A Dama
Giuseppe ama Anita Garibaldi
Gomez Addams ama Mortícia
Fred Flintstone ama Wilma
Ken ama Barbie
Dom Quixote ama Dulcinéia
George Jetson ama Jane
V de Vingança ama Evey Hammond
Fera ama Bela
Johnny Cash ama June Carter
John Lennon ama Yoko Ono
Tarzan ama Jane
Shrek ama Fiona
Barney Rubble ama Betty
Sid Vicious ama Nancy
Aladdin ama Jasmine
Pernlonga ama Lola
Peter Parker ama Mary Jane Watson
Popeye ama Olivia Palito
Rudy Steiner ama Liesel Meminger
Pedro Bala ama Dora
Lancelot ama Guinevere
Kevin Arnold ama Winnie Cooper
Eric Clapton ama Layla
George Harrison ama Layla
Salvador Dalí ama Gala Éluard
Pierro ama Colombina que ama Arlequim
Noiva Cadáver ama Victor que ama Victoria Everglot
Romeu ama Julieta
Van Gogh ama Paul Gauguin
Pedrita ama Bambam
Marcelo ama Mallu
Kurt Cobain ama Courtney Love
Inuyasha ama Kagome
Batman ama Mulher-Maravilha
Pato Donald ama Margarida
Buzz Lightgear ama Jessie
Christo ama Jeanne-Claude
Christo ama Jeanne-Claude
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